SER AMIGO DO TUBARÃO É POSSÍVEL
Conheça o Protuba, uma idéia para proteger os mais temidos animais marinhos
Por: Cathia Abreu, Ciência Hoje das Crianças
Publicado em 06/01/2005 | Atualizado em 02/03/2010
A pesca exagerada de tubarões, a sobrepesca, acontece quando existe a captura de uma espécie acima do limite recomendado. Desta forma, o animal não tem tempo de se reproduzir e devolver aos oceanos a quantidade de peixe necessária para o equilíbrio de sua espécie. Por isso, esses animais vão aos poucos desaparecendo. (foto: Instituto Aqualung)
Peixes temidos, eles causam pânico por onde passam. Filmes e até uma trilha sonora que sinaliza a presença desses animais fizeram sucesso no cinema. Basta ouvir um som que parece um “tum, tum, tum, tum” e logo alguém grita: TUBARÃO! Mas será que há razão para tanto medo?
Um projeto chamado Tubarões no Brasil (Protuba) quer mostrar que não. Dirigido pelo biólogo marinho Marcelo Szpilman e gerenciado pelo Instituto Ecológico Aqualung, tem o objetivo de fazer com que as pessoas conheçam melhor os hábitos desses animais marinhos e percebam como é importante preservar os tubarões existentes no nosso país.
Preservar tubarões? Pois é. A idéia pode soar estranha, mas Marcelo explica que os tubarões não são tão terríveis e perigosos como se vê no cinema. Duro é convencer as pessoas disso e ainda conseguir colaboradores pela sobrevivência desses animais. “Os tubarões não são logo aceitos como golfinhos, baleias e tartarugas”, conta Marcelo. ”Por isso, é difícil encontrar simpatizantes para a causa.”
Hoje, existem 88 espécies no Brasil, sendo que 33 delas correm risco de extinção. Para tentar mudar essa realidade é que o projeto Tubarões no Brasil está aí.
O primeiro passo da iniciativa é fazer com que todos saibam como é necessário proteger o tubarão. Mas como fazer isso se o animal tem má fama? Simples: explicando as razões pelas quais ele é importante, por meio de informações oferecidas pelo projeto e até por palestras ministradas por pesquisadores, que podem ser solicitadas pelas escolas e universidades ao Protuba.
Você sabia, por exemplo, que os tubarões desempenham um papel e tanto nos oceanos? Como estão no topo da cadeia alimentar, são eles que promovem a ordem e mantém o equilíbrio populacional nos oceanos. Comendo certos animais, eles evitam o aumento exagerado das espécies. Além disso, por serem carniceiros ‐ assim como os urubus na terra, que consomem carniças e contribuem para a higiene do ambiente em que vivemos ‐, os tubarões comem os animais doentes, feridos ou mortos e tratam da limpeza dos oceanos.
A cadeia alimentar
As espécies que vivem em um mesmo ambiente estão ligadas entre si, como elos de uma grande corrente. O motivo que as une é o alimento: uns servem de alimento aos outros, sendo que, os mais fortes comem os mais fracos. Assim, todos podem consumir a matéria que forma seus corpos e acumular energia para realizar as suas funções vitais.
Ao contrário do que muitos pensam, os tubarões também não atacam qualquer presa que aparece pela frente. Cada animal tem uma alimentação adequada à sua espécie, além de ter sua própria estratégia de caça.
As espécies que vivem em um mesmo ambiente estão ligadas entre si, como elos de uma grande corrente. O motivo que as une é o alimento: uns servem de alimento aos outros, sendo que, os mais fortes comem os mais fracos. Assim, todos podem consumir a matéria que forma seus corpos e acumular energia para realizar as suas funções vitais.
Ao contrário do que muitos pensam, os tubarões também não atacam qualquer presa que aparece pela frente. Cada animal tem uma alimentação adequada à sua espécie, além de ter sua própria estratégia de caça.
O tubarão-branco, por exemplo, geralmente ataca pessoas quando as confunde com uma presa. Mergulhadores podem virar alvo desse peixe porque a roupa que usam faz com que se pareçam com focas, um dos seus pratos prediletos! Já o tubarão cabeça-chata vê as pessoas como invasoras de seu território, o que provoca o ataque. Mas tanto uma espécie quanto a outra, quando atacam e notam que não são suas presas habituais, soltam as vítimas na primeira mordida.
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