segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Princípios orientadores da Ed. Inclusiva

Analise e descreva os princípios orientadores da prática inclusiva segundo o MEC, 2005. Qual a responsabilidade que você, como professor, acredita ter em relação à aprendizagem dos alunos com necessidades especiais?
Atualmente para que a educação se desenvolva numa abordagem inclusiva é necessário que o professor rompa gradualmente com as práticas pedagógicas homogêneas, que concebem um único conteúdo curricular, uma aula, uma atividade, um mesmo tempo de realização das atividades para toda a turma, uma avaliação. No entanto para educar na diversidade, o professor deve adotar em sua prática pedagógica os princípios orientadores da prática de ensino inclusiva (MEC/SEESP 2005, pp. 23-25), que são:
·         Aprendizagem ativa e significativa - constituída por uma abordagem didática cooperativa, na qual que encorajam a participação dos estudantes em atividades escolares cooperativas, durante as quais os estudantes se agrupam e resolvem tarefas ou constroem conhecimentos juntos; as aulas são organizadas de forma que os estudantes em grupo realizam tarefas diferenciadas sobre um mesmo conteúdo curricular que se complementam e que dão base à construção do conhecimento coletivo;
·         Negociação de objetivos – as atividades propostas em sala de aula consideram a motivação e o interesse de cada estudante. Para isso, o docente deve conhecer a cada aluno (a) individualmente (experiências, história de vida, habilidades, necessidades, etc.) e o plano de aula deve prever e incentivar a participação dos estudantes tanto nas tomadas de decisão acerca das atividades realizadas na classe como no enriquecimento e flexibilização do currículo. Por exemplo, o (a)s aluno (a)s pode fazer escolhas de conteúdos, estabelecer prioridade de aprendizagem, sugerir atividades e formas de agrupamento ou conteúdos para serem abordados, etc.

·         Demonstração, prática e feedback – a aula planejada pelo docente oferece modelos práticos aos estudantes sobre como as atividades devem ser realizadas ou o professor(a) demonstra sua aplicação em situações variadas na classe e na vida real, de forma a promover uma reflexão conjunta sobre as atividades e o processo de aprendizagem. ‘Ver’ na prática o que se espera que seja realizado pelo aluno (a)s aumenta as chances de participação de todos os (a)s aluno (a)s e o sucesso da aprendizagem de cada um.
·         Avaliação contínua - na prática de ensino inclusiva, o processo de avaliação é contínuo, no qual os estudantes estabelecem seus objetivos de aprendizagem e formas de avaliar seu progresso em termos da própria aprendizagem. A avaliação tem um papel fundamental na revisão continua da prática pedagógica e, conseqüentemente, na melhoria (desenvolvimento) do trabalho docente, porque oferece ao professor (a) dado sobre como usar as metodologias de ensino dinâmicas para abordar conteúdos curriculares de forma diversificada e acessível a todo (a)s os educando (a)s.
·         Apoio e Colaboração – esse princípio contribui para romper com as práticas de ensino individualizadas que não favorecem a cooperação entre o (a)s estudantes para atingirem resultados de aprendizagem satisfatórios para todo (a)s. Juntos – em equipe – os aluno (a)s se sentem fortalecidos para correrem riscos e tentarem caminhos alternativos (inovadores) para resolver problemas e para aprender. Obviamente, não se exclui nas atividades de sala de aula a realização de tarefas individuais, contudo, esta forma de trabalho não é a preponderante numa sala de aula inclusiva.
Os princípios acima citados não exigem extravagâncias do professor, mas exigem inicialmente boa vontade para mudar sua prática pedagógica e credulidade em relação à educação inclusiva, e educar na diversidade. Desta forma ele poderá desenvolver suas aulas com base numa didática cooperativa, na qual ele não é o detentor absoluto do conhecimento, mas sim o Facilitador que promove maneiras para que este conhecimento seja construído em grupo pelos alunos; ele não é o centro das aulas, mas sim o observador que conhece cada aluno e suas motivações  e interesses, as utilizando como ponto de partida para o desenvolvimento de qualquer conhecimento; ele não é o algoz que através da avaliação pune, mas sim um pesquisador que utiliza avaliação de  forma contínua, como um instrumento que mensura o alcance e eficácia de sua prática, permitindo que ele efetivamente utilize o jargão ação-reflexão-ação.
Desta forma minha responsabilidade em relação à aprendizagem dos alunos com necessidades especiais tem início na sala de aula, na forma de conceber a educação e o aluno, se estendendo a concepção de educador. Estas mudanças de concepção permitem que eu busque novos conhecimentos e habilidades para, ao mesmo tempo, pro­mover os direitos desses alunos e combater barreiras que possam provocar sua ex­clusão educacional. Além de permitirem que eu mude minha prática pedagógica em sala de aula, optando por didáticas cooperativas, inclusivas e que priorizem a diversidade. Devo salientar que as mudanças em minha prática pedagógica são pequenas e simples diante da grandeza e complexidade da construção de uma sociedade para todos.

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